Com a iminência de uma temporada chuvosa potencialmente devastadora, o governador do Estado de Goiás, Ronaldo Caiado, e a coordenadora do Goiás Social, Gracinha Caiado, lançaram a “Operação Goiás Alerta e Solidário” na última quinta-feira, 19 de outubro. Essa iniciativa, que se expande a partir do bem-sucedido projeto Nordeste Solidário, propõe um plano de contingência abrangente e a implementação de ações estratégicas para auxiliar os municípios que correm risco de serem afetados pelos temporais previstos para a temporada de chuvas de 2023/2024.
Com previsões de acumulações significativas de chuva nas próximas estações chuvosas, que podem impactar diversos municípios do Estado, a “Operação Goiás Alerta e Solidário” se torna uma peça crucial na proteção da população. Estima-se que até 48 mil pessoas possam ser afetadas nos próximos meses.
O principal objetivo desse esforço é salvar vidas e reduzir os custos associados a desastres naturais, como salientou o governador Caiado: “O primeiro fator positivo é salvar vidas, o mais importante de tudo. Segundo, quando você faz o processo preventivo, o Estado gasta um terço daquilo que seria com um processo já instalado.” O vice-governador Daniel Vilela também esteve presente no lançamento.
O plano estratégico prevê a mobilização de diversos setores do governo estadual para mitigar desastres, minimizar danos e garantir a segurança das comunidades em áreas de risco. O governador explicou que o cronograma inclui o envio de suprimentos, equipamentos médicos e alimentos para regiões com previsões de chuvas intensas e risco de isolamento.
Goiás está sob a influência do fenômeno El Niño, o que aumenta a probabilidade de que um número substancialmente maior de municípios seja afetado nesta temporada. O Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (CimehGO) prevê que, entre dezembro de 2023 e fevereiro de 2024, aproximadamente 100 municípios poderão acumular até 500 milímetros de chuva ou mais. Desses, cerca de 30 podem registrar até 1.000 mm. Algumas cidades, como Itapuranga e Itapaci, podem enfrentar até 1.500 mm de chuvas ao longo desses três meses.
Embora não seja possível prever o clima com absoluta certeza, o Estado está se preparando para responder eficazmente a essa situação desafiadora. Gracinha Caiado destacou a importância da união de todas as áreas do governo para garantir que nenhuma família goiana seja deixada desamparada.
O governador apresentou um plano de contingência que inclui a criação de sete postos de comando estratégicos para estabelecer reservas emergenciais de suprimentos. Além disso, foram divulgadas medidas em três fases distintas: Preventivas, de Socorro e de Reconstrução.
As ações preventivas abrangem o mapeamento das famílias que vivem em áreas de risco em colaboração com as prefeituras, apoio às cidades que não possuem coordenadorias municipais de Defesa Civil, aquisição de 15 mil cestas básicas e equipamentos de infraestrutura, monitoramento de pontos críticos na malha rodoviária estadual e serviços de prevenção para evitar inundações.
As ações de socorro incluem a distribuição de alimentos e medicamentos, busca e salvamento, estabelecimento de locais de abrigo, vistorias em áreas afetadas e assistência financeira às famílias afetadas.
Na fase de reconstrução, estão previstos auxílio na gestão de recursos em caso de situação de emergência, manutenção da infraestrutura rodoviária e programas de capacitação em agricultura sustentável.
O Corpo de Bombeiros estará envolvido de maneira direta e indireta, com cerca de 200 bombeiros atuando diretamente e cerca de 300 de forma indireta em todas as regiões afetadas.
O “Goiás Alerta e Solidário” concentrará seus esforços em 31 cidades consideradas de alto risco. Essas ações seguem o modelo bem-sucedido do “Nordeste Solidário”, que nos últimos anos ajudou a reduzir o número de municípios que decretaram situação de emergência de 24 em 2021 para apenas 8 em 2022, graças aos investimentos do Governo de Goiás, que totalizaram R$ 116 milhões.
