A Coalizão Indústria, composta por 14 entidades empresariais, emitiu um alerta sobre os riscos que práticas comerciais predatórias, especialmente vindas de países como a China, representam para os investimentos das empresas brasileiras. Segundo a coalizão, R$ 826 bilhões em investimentos até 2027 estão em risco. Além disso, a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) prevê um déficit de US$ 135 bilhões na balança comercial do país em 2024.
Durante um evento realizado no último dia 25 em São Paulo, a coalizão destacou que as transformações geopolíticas pós-pandemia exacerbaram os fluxos de produtos de países com excesso de capacidade instalada, resultando em uma pressão crescente sobre o mercado interno brasileiro. Marco Polo de Mello Lopes, coordenador da coalizão, destacou a “invasão chinesa” e as exportações a preços predatórios como grandes desafios para a indústria nacional.
Lopes também instou o governo brasileiro a adotar medidas estratégicas para proteger a indústria nacional, destacando que os investimentos ameaçados são cruciais para o crescimento econômico de longo prazo.
Análise Crítica
A crítica central gira em torno da dificuldade do Brasil em competir com produtos importados de países como a China, que, segundo a coalizão, utilizam práticas de comércio que comprometem a viabilidade da indústria nacional. A ausência de medidas protetivas robustas pode colocar em risco a sustentabilidade de um setor responsável por uma parcela significativa do PIB industrial brasileiro, além de milhões de empregos. A longo prazo, é imperativo que o Brasil busque equilibrar o comércio exterior com o fortalecimento da sua própria cadeia produtiva.