O agronegócio brasileiro segue em expansão, consolidando-se como um dos principais exportadores globais de commodities agrícolas. O país alcançou US$ 11 bilhões em exportações agropecuárias, registrando um dos maiores volumes da história. O resultado foi impulsionado pelo crescimento nas vendas externas de café, celulose e algodão, além da valorização de algumas commodities no mercado internacional.
Apesar da queda nas exportações de soja, milho e produtos do complexo sucroalcooleiro, o Brasil registrou um aumento de 5,3% no índice geral de preços das exportações agropecuárias, devido à valorização de produtos como café, carnes, cacau e suco de laranja. Além disso, seis setores ultrapassaram a marca de US$ 1 bilhão em exportações, reforçando a presença brasileira no comércio global.
Produtos com destaque no mercado internacional
- Café Verde: Exportações alcançaram US$ 1,3 bilhão, um crescimento de 79,4%, impulsionado pelo aumento de 63,8% nos preços internacionais e um volume 9,5% superior ao do período anterior.
- Celulose: Crescimento de 44,1%, ultrapassando US$ 1 bilhão em vendas, com alta demanda da China (+53,3%) e da União Europeia (+60,2%).
- Algodão: Exportações aumentaram 47,5%, atingindo US$ 710,7 milhões, com destaque para as vendas ao Paquistão e Vietnã.
- Carne Suína: Avanço de 17,9% nas exportações, somando US$ 215,6 milhões, com aumento expressivo das compras por Japão (+107,4%) e Filipinas (+64,5%).
Brasil expande exportações para 24 novos mercados internacionais
A estratégia de diversificação de mercados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) tem trazido resultados significativos para o agronegócio brasileiro. O Brasil consolidou novos acordos comerciais com Paquistão (+166,3%), Bangladesh (+85,1%) e Turquia (+122,7%), além de fortalecer suas exportações para a União Europeia, que aumentou suas compras de produtos agropecuários brasileiros em 39,5%, totalizando US$ 1,89 bilhão em importações.
A China, maior destino das exportações do Brasil, manteve sua posição de liderança, com destaque para as exportações de celulose (+53,3%) e fumo (+36,7%).
Novas oportunidades para o agronegócio brasileiro
O governo federal segue ampliando os acordos comerciais para fortalecer as exportações agropecuárias. Nos próximos meses, o presidente Lula visitará o Japão e o Vietnã para buscar novas oportunidades de negócios. Frutas brasileiras, reconhecidas por sua qualidade e sustentabilidade, estão entre os produtos com maior potencial de expansão nesses mercados.
Além disso, o Brasil participou da maior feira de frutas do mundo, em Berlim, onde representantes do setor agropecuário promoveram os produtos brasileiros e fecharam parcerias estratégicas para aumentar a competitividade do país no mercado internacional.
Principais avanços do setor agropecuário brasileiro
- O Brasil registrou um crescimento de 13,8% nas exportações de produtos não convencionais, ampliando a diversidade da pauta exportadora.
- Foram exportadas mais de 40 mil toneladas de sebo bovino, insumo utilizado na produção de biodiesel nos Estados Unidos.
- As exportações de óleo essencial de laranja cresceram 19,5%, com a União Europeia ultrapassando os EUA como principal importador.
- As vendas de gergelim para a Índia cresceram 250,6%, consolidando o Brasil como um dos principais fornecedores globais da commodity.
- O Brasil exportou mais de US$ 1,3 bilhão em frutas para 137 países, reforçando sua posição como líder no setor.
Tecnologia e inovação fortalecem as exportações brasileiras
O Ministério da Agricultura e Pecuária tem investido em tecnologia para otimizar o comércio exterior. Ferramentas como AgroInsights e Passaporte Agro foram desenvolvidas para oferecer mais transparência e eficiência ao setor agropecuário.
Segundo Luís Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, a modernização tem sido um diferencial para a inserção do Brasil nos mercados globais. “Nosso objetivo é consolidar o Brasil como um dos principais fornecedores mundiais de alimentos, ampliando o alcance de nossos produtos e fortalecendo a competitividade do agronegócio brasileiro”, afirmou.