A Prefeitura de Teresópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, está realizando, desde sexta-feira, um rodízio de acordo com o número final do CPF. Pessoas com documento que termina em número par só podem sair em dias pares, e as de número ímpar, em dias ímpares.
Também está proibido o trânsito e a permanência de pessoas em ruas, praças, bens de uso comum entre 23h e 5h, com exceção de atividades essenciais e casos de saúde.
O endurecimento das medidas de prevenção ao avanço do novo coronavírus em Teresópolis é chamado pela prefeitura de primeira fase do lockdown. Segundo o município, trata-se de estágio inicial, que gradativamente poderá ser estendido para uma medida ainda mais rigorosa, de acordo com a avaliação dos resultados.
Quem descumprir as determinações de restrição de circulação ou de uso obrigatório de máscaras nas ruas e estabelecimentos pode ser multado em R$ 136,42. Já para as empresas ou empregadores de serviços domésticos, o valor da multa será de R$ 818,52.
O publicitário Douglas Boldan classifica o rodízio de pessoas por CPF como medida extrema, mas concorda que ela é necessária.
Já Núbia Pereira, que é motorista de carro por aplicativo, reclama que a categoria ficou com o encargo de fiscalização dos CPFs de quem usa o serviço.
O decreto estabelece que não só motoristas de aplicativos façam essa fiscalização. Estabelecimentos comerciais com permissão de entradas de clientes, ônibus, vans, taxis e transportes coletivos também deverão verificar e somente permitir a entrada de clientes que estiverem respeitando o rodizio.
A prefeitura de Teresópolis afirma que as medidas estão amparadas em avaliação técnica das autoridades sanitárias, de segurança pública e da Defesa Civil, seguindo a recomendação dos pesquisadores da Fiocruz e do Conselho de Infectologistas do Estado sobre a necessidade imediata de medidas de endurecimento do distanciamento social nos municípios do território fluminense.
