O comissário europeu do Comércio, Phil Hogan, confirmou nesta terça-feira que estava considerando uma tentativa de se tornar o próximo diretor geral da Organização Mundial do Comércio, enquanto os governos da UE debatem se devem se unir em torno de um único candidato europeu.
O processo de candidaturas começou na segunda-feira e ocorrerá até 8 de julho para encontrar um sucessor do brasileiro Roberto Azevedo, que deixará o cargo um ano antes no final de agosto.
“Certamente estou explorando a opção de ser candidato ao diretor-geral da OMC”, disse Hogan, um irlandês que é comissário de comércio desde novembro, em uma entrevista coletiva após uma reunião com os ministros da UE responsáveis pelo comércio.
“Eu acho que há uma quantidade importante de trabalho a ser feito para reformar a organização, para torná-la mais eficaz e eficiente, mas também para lidar com muitos dos problemas comerciais que estão atormentando a comunidade internacional que agora surge do COVID-19” ele disse.
Hogan disse que discutiu a questão da sucessão há algum tempo com o representante comercial dos EUA Robert Lighthizer, que ele disse ser “muito da visão” de que o próximo chefe da OMC deve ser de um país desenvolvido.
A Croácia, que ocupa a presidência rotativa da União Europeia até o final de junho, disse que os ministros da UE concordaram que o futuro diretor-geral deve ser uma figura política forte, com a capacidade de intermediar compromissos.
O ministro das Relações Exteriores da Croácia, Gordan Grlic-Radman, disse que os países da UE discutirão se devem se unir em torno de um único candidato da UE no próximo mês.
No entanto, o ministro do Comércio holandês, Sigrid Kaag, disse que a Holanda e alguns países acreditam que a UE não deve descartar o apoio a candidatos de países que não têm a mesma opinião.
O ministro do Comércio da França, Jean-Baptiste Lemoyne, disse que os ministros concordaram em se unir à questão e que isso pode significar apoiar um candidato não pertencente à UE.
