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Jornal JA7 – Índice de confiança do empresário do comércio (Icec) registra elevação de 0,8% em janeiro, apontando virada positiva no varejo

No início de 2024, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou um aumento significativo de 0,8%, atingindo 109,1 pontos, de acordo com os dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Esta ascensão marca uma reviravolta positiva nas perspectivas do setor após quatro meses consecutivos de queda.

O otimismo dos comerciantes é impulsionado por uma melhor percepção sobre o consumo atual, alinhando-se às expectativas do mercado. O presidente da CNC, José Roberto Tadros, considera esse crescimento como um sinal encorajador para o início de 2024, embora com a devida cautela diante do cenário atual.

A análise dos dados revela um equilíbrio entre otimismo e cautela por parte dos varejistas, refletindo também nas intenções de consumo das famílias brasileiras. Destaque para o crescimento de 4,5% na confiança dos empresários em relação às condições atuais do setor, indicando uma melhora na saúde financeira das empresas do comércio.

As expectativas dos empresários também apresentaram um desempenho positivo, saindo das taxas anuais negativas e indicando um retorno à estabilidade entre janeiro de 2024 e 2023.

No entanto, as intenções de investimento tiveram um pequeno recuo de 0,1%, refletindo a cautela dos consumidores para os próximos meses e o ambiente de incerteza econômica. A proporção de comerciantes que planejam reduzir suas contratações atingiu seu nível mais alto desde junho do ano passado, e a inadimplência das empresas aumentou para 3,6%, apesar das taxas de juros mais acessíveis.

Em relação aos segmentos do varejo, todos mostraram crescimento na confiança do empresário do comércio, com destaque para o comércio de produtos de bens essenciais, que registrou um aumento de 3,8%, beneficiado pelos juros mais baixos. Por outro lado, a atividade de bens semiduráveis foi a única em queda, atribuída à preferência das famílias por bens essenciais e ao controle do orçamento para evitar a inadimplência.

Em resumo, o cenário do comércio apresenta sinais de recuperação, mas desafios persistem, especialmente em relação às intenções de investimento e à demanda ainda desaquecida, apesar dos cortes na taxa Selic.

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