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Mercado Revisa para Baixo Previsão de Inflação em 2024: Agora em 3,76%

A estimativa do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a medida oficial da inflação do país, teve uma redução de 3,8% para 3,76% este ano, conforme revelado pelo Boletim Focus, pesquisa semanal divulgada pelo Banco Central (BC) que analisa as expectativas de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para o ano de 2025, a projeção da inflação permaneceu estável em 3,51%. Já para 2026 e 2027, as previsões mantiveram-se em 3,5% para ambos os anos.

A estimativa para 2024 está dentro da faixa da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central. De acordo com as diretrizes do Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para este ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso significa que o limite inferior é de 1,5% e o superior é de 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com a mesma margem de tolerância.

No mês de janeiro, a inflação do país foi de 0,42%, influenciada principalmente pela alta nos preços dos alimentos, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula uma variação de 4,51%.

Política Monetária e Taxas de Juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central utiliza como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente estabelecida em 11,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O comportamento dos preços já levou o BC a reduzir os juros pela quinta vez consecutiva, em um ciclo que se espera que continue com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. A segunda reunião do ano do Copom está agendada para os dias 19 e 20 de março.

Em comunicado, o Copom indicou que esse ritmo de redução é apropriado para manter a política monetária contracionista, considerada necessária para o processo de desinflação. O órgão destacou que a interrupção dos cortes dependerá do cenário econômico de médio prazo.

Desde março de 2021 até agosto de 2022, o Copom aumentou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário iniciado devido ao aumento nos preços dos alimentos, energia e combustíveis. Posteriormente, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete reuniões consecutivas, de agosto de 2022 a agosto de 2023.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic estava em 2% ao ano, o nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. A redução da taxa foi uma medida do Banco Central para estimular a produção e o consumo em meio à contração econômica causada pela pandemia de COVID-19. A taxa permaneceu no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Para o mercado financeiro, a previsão é que a Selic encerre 2024 em 9% ao ano. Em relação ao final de 2025, estima-se que a taxa básica caia para 8,5% ao ano e permaneça nesse patamar em 2026 e 2027.

Impacto nos Consumidores e na Economia

Quando o Copom eleva a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que pode impactar nos preços, uma vez que os juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança. Contudo, os bancos consideram outros fatores, como o risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas, na definição das taxas cobradas dos consumidores, o que pode dificultar a expansão da economia.

Por outro lado, quando o Copom reduz a Selic, espera-se que o crédito se torne mais acessível, estimulando a produção e o consumo, o que pode reduzir o controle sobre a inflação e impulsionar a atividade econômica.

PIB e Câmbio

As projeções das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano aumentaram de 1,75% para 1,77%. Para 2025, espera-se um crescimento de 2% no Produto Interno Bruto (PIB). Em relação a 2026 e 2027, o mercado financeiro prevê uma expansão do PIB de 2% para ambos os anos.

No ano passado, a economia brasileira cresceu 2,9%, de acordo com o IBGE. Em 2022, o PIB foi de 3%. O crescimento em 2023 foi impulsionado pelo aumento recorde de 15,1% no setor agropecuário, o maior avanço desde o início da série histórica em 1995. Os setores da indústria (1,6%) e de serviços (2,4%) também registraram crescimento.

Quanto ao dólar, a previsão de cotação é de R$ 4,93 para o final deste ano. Já para o final de 2025, espera-se que a moeda americana esteja cotada a R$ 5.

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