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Glaucoma: 85 mil cirurgias realizadas no Brasil em 5 anos

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Nos últimos cinco anos, cerca de 85 mil brasileiros passaram por cirurgia para tratar o glaucoma. Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) indicam que, apenas no último ano, foram realizadas 20.248 cirurgias de glaucoma, uma média de 55 operações por dia. São Paulo (18.545), Pará (15.230), Pernambuco (8.847), Rio de Janeiro (8.809) e Minas Gerais (8.657) foram os estados com maior número de procedimentos.

Na última segunda-feira (20), o cantor Marrone precisou ser submetido a uma cirurgia de emergência após ser diagnosticado com glaucoma em estágio avançado em ambos os olhos.

O Conselho Brasileiro de Oftalmologia afirma que a maioria dos pacientes com glaucoma consegue controlar a doença com o uso de colírios. Entretanto, em alguns casos, a cirurgia é necessária para tratar essa condição, que é a principal causa de cegueira irreversível no mundo.

Existem vários métodos de diagnóstico e tratamento disponíveis, inclusive pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Isso tem ajudado a reduzir significativamente as chances de pacientes desenvolverem quadros graves, com perda de visão irreversível”, ressaltou a entidade. A cirurgia também é coberta obrigatoriamente pelos planos de saúde.

A informação é considerada a principal arma contra o glaucoma, já que a doença é praticamente assintomática até que os danos se tornem significativos, resultando em lesões irreversíveis no nervo óptico e perda permanente da visão. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial, feito através de consultas regulares com um oftalmologista.

“A detecção precoce e o acompanhamento médico, com monitoramento da pressão intraocular, realização de exames como campimetria e tomografia, e uso de medicamentos adequados, além de tratamentos a laser ou cirúrgicos, são fundamentais para manter a doença estável e proteger a visão a longo prazo.”

O aumento da pressão intraocular é o principal fator de risco para o glaucoma, mas não o único. Antecedentes familiares, alta miopia e hipermetropia também aumentam os riscos. O tratamento, seja medicamentoso ou cirúrgico, visa estabilizar a doença, mas não reverte a perda visual.

De acordo com estimativas, 1,5% da população pode ter glaucoma, com a incidência aumentando para 2% após os 40 anos e para mais de 6% após os 70 anos. Estudos mostram que a prevalência da doença é maior em pessoas pretas e pardas (3,8%) em comparação com brancas (2,1%).

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