Em Goiânia, o prefeito Rogério Cruz (SD) enfrenta um dos maiores desafios de sua gestão. A aprovação da taxa do lixo, articulada por Sandro Mabel (UB) e bancada pelos vereadores da Câmara Municipal, gerou uma forte rejeição popular e colocou o prefeito no centro de um intenso debate político.
Rejeição popular ultrapassa 90%
De acordo com uma enquete realizada pelo Jornal JA7, 90% dos goianienses são contrários à criação da taxa do lixo. A medida é vista como mais uma penalidade imposta a uma população que já enfrenta altos impostos e serviços públicos ineficientes. O descontentamento é ampliado pelo contexto de uma máquina pública inchada, reflexo de gestões anteriores que não priorizaram ajustes fiscais adequados.
O papel de Mabel e a pressão política
Sandro Mabel, articulador político e futuro prefeito, lidera as estratégias para viabilizar a aprovação da taxa. Seu plano, segundo analistas, é transferir o desgaste político para Rogério Cruz, que se encontra pressionado a sancionar a medida. Enquanto isso, aliados políticos de Mabel permanecem em silêncio, protegendo-se de críticas diretas e blindando suas imagens para o próximo mandato.
Análise crítica: o dilema de Rogério Cruz
Rogério Cruz está em uma posição delicada. Caso sancione a taxa, ele será responsabilizado integralmente por uma decisão impopular, o que pode manchar sua gestão e afetar sua relação com os goianienses. Por outro lado, vetar a medida seria um ato de coragem, alinhando-se aos interesses da população e mostrando que ele está disposto a enfrentar as pressões políticas para proteger quem realmente importa: os moradores de Goiânia.
A taxa do lixo tornou-se um símbolo do descontentamento com a gestão pública e da necessidade de reavaliar prioridades políticas e administrativas. A decisão de Cruz será um marco não apenas para sua gestão, mas para o futuro político da cidade.