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Audiência pública reúne debate sobre inclusão por meio do esporte, arte e lazer para pessoas com deficiência

Na última terça-feira (5), promovida pelo vereador Willian Veloso (PL), uma audiência pública tornou-se palco de discussões profundas acerca do papel transformador do esporte, lazer, cultura e arte como ferramentas de inclusão para pessoas com deficiência. O evento, inserido nas celebrações do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado em 3 de dezembro, reuniu um conjunto diversificado de indivíduos que encontraram na prática esportiva e artística um caminho para superar desafios.

Na abertura do encontro, o parlamentar enfatizou o impacto social dessas atividades, destacando o potencial do esporte, arte e lazer para proporcionar visibilidade e protagonismo às pessoas com deficiência. “Ao oferecer oportunidades adequadas, essas modalidades se tornam o ponto de inflexão, permitindo que essas pessoas não apenas deixem de ser isoladas em suas residências, mas também conquistem um lugar significativo na sociedade, vivendo com dignidade”, afirmou Veloso.

O debate contou com a participação de João Batista Turibio, diretor de Paradesporto da Superintendência de Desporto ligada à Secretaria Municipal dos Esportes. Turibio evidenciou os esforços da pasta em colaboração com instituições de ensino superior, o Comitê Paralímpico Brasileiro e organizações dedicadas ao amparo de pessoas com deficiência. Ele ressaltou que, embora existam atualmente oito modalidades esportivas em desenvolvimento, há um déficit na atenção prestada às mais de 1.200 crianças com deficiência matriculadas na rede de ensino municipal. O desafio maior, segundo ele, reside na garantia da permanência desses indivíduos nos programas desenvolvidos por meio de políticas públicas.

Ana Geralda dos Santos, diretora da Escola Municipal Dona Angelina Pucci Limongi, compartilhou a história transformadora de sua filha, Maria Clara, atleta com deficiência que conquistou três medalhas nos Jogos Paralímpicos nacionais deste ano. O esporte, segundo Ana Geralda, foi crucial para o desenvolvimento e inclusão de Maria Clara na vida escolar e no convívio com colegas, que passaram a enxergá-la não pela limitação, mas pelas suas capacidades.

A diretora ressaltou a necessidade de os pais confiarem no potencial de seus filhos e nos profissionais que os acompanham, confrontando o medo frequente de que praticar esportes possa ser prejudicial para as crianças com deficiência.

Ana Carolina Reis, medalhista de ouro nos Jogos Parapan-Americanos 2023, compartilhou sua experiência pessoal como atleta paralímpica, destacando como o esporte foi fundamental para sua aceitação pessoal e constante evolução como indivíduo.

Durante a audiência, a professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) e presidente da Associação Brasileira de Atividades Motoras, Vanessa Dalla Dea, e sua filha Ana Beatriz apresentaram a coreografia “Cumplicidade”. Essa performance retrata a jornada de uma mulher com Síndrome de Down e sua mãe, destacando a falta de representatividade de pessoas com deficiência na área cultural. Vanessa pontuou a falta de acessibilidade nos teatros, evidenciando que mesmo quando há espaços adaptados para cadeiras de rodas na plateia, as rampas de acesso ao palco são frequentemente ausentes, refletindo uma descrença na capacidade das pessoas com deficiência de serem artistas.

Willian Veloso concluiu o evento explicando que a Câmara Municipal rejeitou o veto do prefeito Rogério Cruz ao projeto de lei que torna obrigatória a acessibilidade nos eventos públicos, reafirmando o compromisso com a inclusão e igualdade de oportunidades para todos.

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