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Copom Avalia redução da selic em reunião decisiva, potencialmente marcando o fim do ciclo de ajuste monetário de 2023

Na vanguarda das deliberações econômicas do Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inaugura hoje, 12 de dezembro, sua oitava e derradeira reunião de 2023. Este encontro crucial visa decidir o rumo da taxa básica de juros, a Selic. Convergindo em uma expectativa de redução da taxa de 12,25% para 11,75% ao ano, analistas de mercado, conforme o boletim Focus, aguardam ansiosamente o desfecho desta reunião.

Este possível corte seria o quarto consecutivo desde agosto, marcando uma virada estratégica após um período intensivo de elevação da taxa para conter a inflação. A inflação, que havia desacelerado no início do ano, voltou a preocupar na segunda metade, apesar de estar alinhada com as previsões dos economistas.

O Copom, antevendo a necessidade de ajustes, já sinalizava cortes de 0,5 ponto percentual para o segundo semestre. Em seu comunicado de novembro, o órgão enfatizou que a extensão do ciclo de flexibilização dependerá da evolução da inflação.

Para 2024, o mercado projeta uma continuidade das reduções, porém em menor escala, apontando para uma Selic de 9,25% no final do ano. As projeções estendem-se até 2025 e 2026, com expectativas de Selic estabilizada em 8,5% ao ano.

A meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3,25% para 2023, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Novembro testemunhou uma pressão inflacionária, especialmente nos preços dos alimentos, levando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a 0,28%, um aumento em relação a setembro.

O acumulado do ano registra uma inflação de 4,04%, com o índice dos últimos 12 meses atingindo 4,68%. Diante deste cenário, o Copom avalia a manutenção de uma política monetária contracionista para assegurar a convergência da inflação para as metas futuras.

O ciclo de aperto monetário, iniciado em março de 2021 e durando até agosto de 2022, foi uma resposta direta ao aumento dos preços de alimentos, energia e combustíveis, culminando em um período onde a Selic atingiu 13,75% ao ano. Antes desse ciclo, a taxa havia sido reduzida para 2% ao ano, o menor nível desde 1986, como medida de estímulo econômico durante a pandemia de covid-19.

A taxa Selic, além de ser um parâmetro para as negociações de títulos públicos, é uma ferramenta crucial do BC no controle da inflação. Aumentos na Selic visam moderar a demanda e, consequentemente, os preços, enquanto reduções tendem a estimular o crédito e, por extensão, a atividade econômica.

O último Relatório de Inflação do Banco Central ajustou para 2,9% a projeção de crescimento econômico para 2023, em linha com as expectativas de mercado. Destacando-se, o crescimento do PIB no terceiro trimestre foi de 0,1%, acumulando 3,2% no ano, e ultrapassando o patamar pré-pandemia.

As reuniões do Copom, realizadas a cada 45 dias, são momentos chave para a definição da política monetária do país. No primeiro dia, são apresentadas análises técnicas sobre as economias local e global e o mercado financeiro. No segundo dia, a diretoria do BC debate e decide sobre a Selic, influenciando diretamente o curso econômico do Brasil.

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