✍️ Autor: Redação 📅 Atualizado em 16/04/2025 às 15:27
O governo federal estima que fechará o ano de 2026 com um superávit primário de R$ 38,2 bilhões, acima da meta oficial de R$ 34,3 bilhões definida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A projeção foi incluída no projeto de Orçamento enviado nesta terça-feira (15) ao Congresso Nacional.
O valor representa 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), exatamente o centro da meta, mas com uma folga de R$ 3,9 bilhões, sinalizando controle fiscal. Mesmo que o governo registre resultado zero, ainda estaria dentro da meta por conta da margem de tolerância prevista no novo arcabouço fiscal.
Estimativas futuras de superávit
A proposta também projeta o desempenho das contas públicas para os próximos anos:
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2027: R$ 73,4 bilhões (0,5% do PIB)
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2028: R$ 157,3 bilhões (1% do PIB)
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2029: R$ 210,7 bilhões (1,25% do PIB)
Com margem de oscilação legal, o superávit de 2029 pode chegar a até R$ 263,38 bilhões.
Cortes e revisão de programas
A proposta orçamentária prevê redução de gastos em áreas como o INSS, o BPC e o Proagro, com economia estimada de R$ 50,8 bilhões até 2029. Entre os principais ajustes:
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INSS: corte de R$ 3,1 a R$ 3,8 bilhões/ano
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BPC: entre R$ 2 e R$ 4,5 bilhões/ano
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Proagro: R$ 3,8 bilhões anuais de 2025 a 2029
Limite de crescimento dos gastos
O novo arcabouço fiscal limita o crescimento das despesas públicas a 70% do crescimento da arrecadação. Mesmo que a receita permita aumento acima disso, a despesa só poderá crescer:
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2,5% ao ano até 2028
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1,55% em 2029
Com isso, os tetos de gasto foram definidos em:
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2026: R$ 2,431 trilhões
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2027: R$ 2,586 trilhões
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2028: R$ 2,736 trilhões
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2029: R$ 2,863 trilhões
A informação foi confirmada pelo Jornal JA7, que acompanha com seriedade a evolução das contas públicas e as decisões que influenciam diretamente o futuro econômico do país.
Análise crítica
A proposta orçamentária apresentada pelo governo em 2026 reflete um esforço de mostrar responsabilidade fiscal, ao mesmo tempo em que preserva certa margem de manobra dentro das regras do novo arcabouço. O superávit acima da meta sugere prudência, mas os cortes previstos em programas como INSS e BPC poderão gerar forte debate político no Congresso. O desafio será manter a estabilidade fiscal sem comprometer a proteção social, especialmente num momento de pré-campanha e elevada sensibilidade econômica.
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