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Jornal JA 7 – Investigado, ex-secretário de Saúde do RJ fica em silêncio durante audiência na Alerj

Depois de faltar à primeira convocação feita no mês passado, nesta segunda-feira o ex-secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos, depôs à Assembleia Legislativa. No entanto, nada falou à comissão especial que apura as ações emergenciais de combate à Covid-19.

Santos é investigado por causa dos contratos firmados, com dispensa de licitação, para a construção, gestão de hospitais de campanha e compra de equipamentos para atender aos pacientes infectados pelo coronavírus. Ao todo, R$ 1 bilhão foram empenhados nas ações emergenciais do governo do Rio de Janeiro.

O ex-subsecretário estadual de Saúde Gabriel Neves chegou a ser preso em maio, assim como o superintendente de Orçamento, Carlos Frederico Duboc, detido em junho, suspeitos de superfaturarem ao menos em um contrato para a compra de respiradores.

Além dos indícios de sobrepreço, apenas dois dos sete hospitais anunciados foram entregues, e com atraso.

A sessão desta segunda na Alerj foi mantida, apesar de Edmar Santos ter reivindicado o direito de permanecer em silêncio. Mesmo assim, ele foi questionado por diversos parlamentares, a começar pela presidente da comissão, a deputada Martha rocha.

E a cada pergunta, o ex-secretário reforçava a decisão de permanecer calado.

O que suscitou diversas críticas, a exemplo da que foi feita pelo relator da comissão, o deputado Renan Ferreirinha.

Edmar Santos foi empossado no início da gestão de Wilson Witzel, e exonerado da Secretaria de Saúde após as primeiras denúncias virem à tona. Logo depois se tornou secretário extraordinário, justamente para cuidar das ações de combate à Covid-19, cargo do qual logo se afastou por determinação da Justiça.

Santos foi substituído na Saúde por Fernando Ferry, que pediu exoneração um mês depois, afirmando ter medo de ser responsabilizado pelos problemas de gestão encontrados. Atualmente, a pasta está sob comando do tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Alex Bousquet.

O escândalo na saúde fluminense também respingou no próprio governador Wilson Witzel, que foi incluído no inquérito sobre o superfaturamento de respiradores, que corre no Superior Tribunal de Justiça, e também responde a um processo de impeachment por causa das denúncias de desvios de recursos que deveriam ter sido aplicados no enfrentamento à pandemia.

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