Na terça-feira (24), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) abriu suas portas para receber o embaixador da Nova Zelândia no Brasil, Richard Prendergast, e sua comitiva, em busca de fortalecer os laços comerciais entre Brasil e Nova Zelândia. O encontro teve como foco a exploração de possíveis acordos de cooperação técnica na área de agricultura sustentável, a promoção da liberalização agrícola multilateral e o acesso a mercados internacionais.
O Secretário-Adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Júlio César Forte Ramos, aproveitou a ocasião para enfatizar o papel significativo do agronegócio na balança comercial, destacando recordes de produção e exportação, além do crescente número de projetos destinados a aumentar a produtividade e a eficiência da agricultura brasileira.
Ramos afirmou: “É uma prioridade governamental estabelecer a agricultura brasileira como um pilar essencial na balança comercial e na sustentabilidade. Para isso, é fundamental fortalecer nossa relação com nações que também têm a agricultura como um setor-chave, e as embaixadas desempenham um papel fundamental nesse processo.”
O embaixador neozelandês destacou a relação positiva entre seu país e o Brasil, especialmente em áreas de colaboração conjunta, como na promoção da liberalização do comércio global de produtos agrícolas, em parceria com o Comitê de Agricultura (CoA) da Organização Mundial do Comércio (OMC). Prendergast também ressaltou o interesse de empresas neozelandesas na área de lácteos, e elogiou a parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em prol do avanço da agricultura sustentável.
O encontro contou com a presença do diretor do Departamento de Negociações Não-Tarifárias e de Sustentabilidade (DNNTS/Mapa), Marco Antônio Araújo de Alencar, e do coordenador-geral de Articulação (CGAR/Mapa), Luis Carlos Job.
No âmbito do comércio agropecuário bilateral, dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI/Mapa) demonstram que nos últimos dois anos, o Brasil exportou cerca de US$ 40 milhões para a Nova Zelândia, com destaque para café verde e suco de laranja. Durante o mesmo período, a Nova Zelândia exportou pouco mais de US$ 35 milhões para o Brasil, principalmente caseínas e kiwis. A reunião sinaliza uma colaboração promissora que poderá fortalecer ainda mais os laços comerciais entre as duas nações.
