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Proposta do Governo de Goiás para FCO Leite vislumbra impulsionar a bovinocultura leiteira com condições especiais de financiamento

Visando fortalecer a cadeia produtiva do leite no estado, o Governo de Goiás apresentou uma iniciativa ao Ministério do Desenvolvimento Regional: a criação de uma linha de crédito específica para a bovinocultura leiteira, sob o nome de FCO Leite, dentro do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). Propõe-se uma taxa de juros reduzida e um período de carência mais extenso para facilitar os pagamentos, direcionando o FCO Leite para o financiamento de projetos no setor, com ênfase no aprimoramento genético do rebanho.

A análise da proposta para a criação do FCO Leite está agendada para meados de dezembro pelo Conselho Deliberativo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/Sudeco), órgão gestor do FCO. Conforme a proposta, a nova linha de crédito manterá as mesmas taxas de juros do FCO Verde, aproximadamente 7% ao ano, e um prazo de pagamento de até 15 anos, incluindo uma carência de quatro anos que não será contabilizada no prazo de quitação do financiamento. A solicitação também inclui uma taxa de juros zero para a aquisição de material genético.

O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo Rezende, destaca que o objetivo principal é impulsionar o desenvolvimento genético do rebanho leiteiro goiano. Ele ressalta a importância de democratizar o acesso ao material genético de qualidade para aumentar o valor agregado do produto, seja o leite ou o próprio animal, contribuindo assim para a sustentabilidade da cadeia produtiva.

Para assegurar os investimentos necessários, o governo já reservou R$ 300 milhões dos recursos disponíveis através do FCO para projetos no segmento. O secretário da Retomada e presidente do Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE) em Goiás, César Moura, estima que o FCO Leite poderá beneficiar cerca de 2.500 pequenos produtores goianos. Essa iniciativa, proposta pelo governador Ronaldo Caiado, despertou o interesse da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) em ampliá-la para todos os estados da região.

Além da proposta do FCO Leite, o Governo de Goiás está fortalecendo a produção de leite no estado através do trabalho no Centro de Biotecnologia em Reprodução Animal (Biotec) da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Com investimentos previstos de R$ 300 milhões para beneficiar até 2 mil produtores, o Biotec, localizado em São Luis de Montes Belos e integrado ao Arranjo Produtivo Local (APL) do Leite, oferece assistência técnica na área reprodutiva às pequenas propriedades, desde a análise e preparo do rebanho até a inseminação de embriões e acompanhamento in loco, de forma gratuita.

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