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Dieese projeta impacto de R$ 69,9 bilhões com aumento do salário mínimo na economia brasileira

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) conduziu uma análise abrangente sobre o impacto do reajuste do salário mínimo na economia, e os resultados são significativos. Com base nos dados, estima-se que aproximadamente 59,3 milhões de pessoas têm seus rendimentos atrelados ao salário mínimo, o que resultará em um acréscimo anual de renda na ordem de R$ 69,9 bilhões.

Além disso, o Dieese também prevê um aumento considerável na arrecadação tributária anual, um incremento de R$ 37,7 bilhões, como resultado direto do aumento do salário mínimo.

A partir do dia 1º de janeiro de 2024, o salário mínimo oficial do Brasil será fixado em R$ 1.412. Calculando o ganho real, levando em consideração a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de maio a dezembro de 2023, o incremento real chega a 5,77%, conforme apontou o Dieese.

O aumento nominal de R$ 1.320 para R$ 1.412 representa um acréscimo de 6,97%, enquanto o INPC, nesse mesmo período, é estimado em 1,14%, de maio a dezembro.

Se utilizarmos como referência o mês de janeiro de 2023, quando o salário mínimo era de R$ 1.302, o ganho real resultaria em 4,69%, devido ao reajuste de apenas 1,38%, abaixo da inflação ocorrida entre janeiro e maio. A variação do INPC foi de 2,42% no quadrimestre janeiro-abril. Consequentemente, houve uma perda real de 1,01% no reajuste implementado em maio daquele ano.

No entanto, o Dieese ressalta que o reajuste definido para janeiro de 2024 mais do que compensa essa perda ocasional, resultando, como já mencionado, em um ganho real de 5,77% em relação a maio de 2023.

Política de valorização É importante recordar que, em 2002, o salário mínimo estava estipulado em R$ 200. A política de valorização subsequente, que trouxe ganhos reais em todos os anos de 2003 a 2016, é avaliada pelo Dieese como um dos fatores mais significativos para o aumento da renda da população mais carente e representa um marco na história do país.

Essa política estabeleceu uma regra estável, permanente e previsível, promovendo a recuperação gradual e ao longo do tempo, com ênfase nos aumentos reais e estímulo ao crescimento econômico. A valorização do salário mínimo estimula a expansão do mercado consumidor interno e, como resultado, fortalece a economia brasileira, conforme comunicado pela entidade em uma nota técnica.

O Dieese também observa que ao elevar o piso nacional, essa política contribuiu para a redução das disparidades salariais entre homens e mulheres, negros e não negros, bem como entre diferentes regiões do país. Além disso, teve um impacto positivo nos reajustes dos pisos salariais de várias categorias de trabalhadores.

Em janeiro de 2017, o reajuste ficou abaixo da inflação, acumulando uma perda real de 0,10% em um ano, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Em janeiro de 2018, a perda real acumulada foi de 0,25%.

Em 2019, houve um ganho real de 1,14%; em 2020, uma perda real de 0,36. Em 2021, o Dieese destaca que não houve incorporação de qualquer ganho real, exceto pelo pequeno arredondamento para o valor de R$ 1.100, que representou um ganho de 0,01%. Para 2022, a situação se repetiu, já que o salário mínimo teve um ganho real de apenas 0,02% em janeiro de 2023, o aumento real foi de 1,41%.

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