A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou hoje, quinta-feira (9), sua estimativa para a safra de grãos 2023/2024 no Brasil, projetando um volume de produção de 316,7 milhões de toneladas. Esta previsão representa uma diminuição de 4,7 milhões de toneladas, equivalentes a 1,5%, em comparação com a safra anterior, registrada em 2022/23.
A redução na produção é atribuída, em grande parte, ao atual percentual de área semeada, que se encontra abaixo do observado no mesmo período da safra anterior. As regiões Sul e Sudeste enfrentaram excesso de chuvas, enquanto o Centro-Oeste sofreu com baixas precipitações, fatores que afetaram a plantação.
O balanço também aponta um aumento de 0,5% na área cultivada, atingindo um total de 78,9 milhões de hectares. Essa área engloba não apenas as culturas de primeira safra, cujo plantio se estende até dezembro, mas também as culturas de segunda e terceira safras, bem como as de inverno, com os plantios encerrando em junho.
No que diz respeito à soja, a produção estimada é de 162,4 milhões de toneladas, com um crescimento de 2,8% na área a ser semeada. Esse aumento solidifica ainda mais a posição do Brasil como o maior produtor mundial de soja.
Quanto ao milho, a área total destinada ao cultivo teve uma redução de 5%, calculada em 21,1 milhões de hectares, com uma produção prevista de 119,1 milhões de toneladas.
Para o algodão, a Conab espera um aumento de 4,2% na área semeada, totalizando 1,73 milhão de hectares, e uma produção de 3,04 milhões de toneladas de pluma.
No caso do arroz, há uma expectativa de crescimento de 5,2% na área semeada, resultando em uma produção de 10,8 milhões de toneladas. O mesmo vale para o feijão, com um crescimento previsto de 3,3% na área total destinada ao cultivo das três safras, estimada em 2,8 milhões de hectares, e com uma produção total no país de 3,1 milhões de toneladas.
