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Jornal JA7 – Ministério da Saúde lança sala nacional para monitoramento de arboviroses e investe R$ 256 milhões para enfrentamento

O Ministério da Saúde está fortalecendo o combate às arboviroses com um investimento expressivo de R$ 256 milhões destinados à vigilância e enfrentamento das doenças como dengue, chikungunya e Zika. Esta medida, formalizada por meio de uma portaria a ser publicada nos próximos dias, busca preparar o país para o período de chuvas, historicamente associado ao aumento desses casos.

Dentro do montante, R$ 111,5 milhões serão aplicados ainda neste ano, em uma única parcela. Destes, R$ 39,5 milhões serão destinados aos estados e ao Distrito Federal, enquanto outros R$ 72 milhões irão para os municípios. Adicionalmente, a mesma portaria viabilizará um repasse de R$ 144,4 milhões para impulsionar as ações de vigilância em saúde.

Uma das iniciativas mais notáveis é a instalação da Sala Nacional de Arboviroses (SNA), um espaço permanente dedicado ao monitoramento em tempo real dos locais com maior incidência dessas doenças. Esta estrutura visa antecipar e apoiar as ações de vigilância, preparando o país para um possível aumento de casos nos próximos meses.

A Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, destaca a importância desse investimento diante da possível ampliação do sorotipo três da dengue, ausente no Brasil há mais de 15 anos. Ela ressalta que o momento exige uma intensificação dos esforços, incluindo a capacitação das equipes de Saúde da Família e o fortalecimento das coordenações de arboviroses nos estados e municípios.

Todas as ações em desenvolvimento e futuras atividades de monitoramento e combate serão coordenadas pela SNA, contando com a participação de diversas secretarias do Ministério da Saúde. O espaço terá como missão principal planejar, organizar, coordenar e controlar as medidas a serem tomadas durante a resposta a essas doenças, além de articular com gestores estaduais e municipais do SUS e informar a população sobre a situação epidemiológica e as medidas de assistência.

Esta série de ações é um desdobramento do acompanhamento contínuo das arboviroses desde o início do ano. Durante os meses de março a junho, período de maior incidência dessas doenças no país, foram realizadas 11 ações de apoio aos estados com maior número de casos e óbitos por dengue e chikungunya. Além disso, uma série de investimentos em recursos, capacitação de profissionais de saúde e implementação de novas tecnologias estão em andamento para enfrentar esse cenário epidemiológico desafiador.

O país já registrou mais de 1,6 milhão de casos prováveis de dengue até 25 de novembro, um aumento de 22,7% em relação ao mesmo período de 2022. Apesar disso, a taxa de letalidade apresentou uma redução de 4,5% em comparação ao ano passado. Contudo, as condições climáticas previstas para os próximos meses podem intensificar a propagação do Aedes aegypti, reforçando a necessidade de priorizar ações preventivas.

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