As inovações e estratégias sustentáveis do Brasil em agropecuária foram o foco dos painéis da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP 28) em Dubai, no último domingo. Roberto Perosa, Secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), liderou debates cruciais sobre sustentabilidade e segurança alimentar.
No painel “COP para COP: Impulsionando o progresso na Declaração dos Sistemas Alimentares dos Emirados Árabes Unidos”, Perosa destacou os avanços da COP e delineou os próximos passos para compromissos globais em sustentabilidade. O foco principal foi a contribuição da agricultura na redução do desmatamento, garantindo a segurança alimentar através do novo programa brasileiro para recuperação de pastagens degradadas. O painel também abordou a redução significativa do desmatamento no Brasil e os compromissos climáticos do governo, sob a liderança do presidente Lula.
Durante a Reunião Ministerial do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), questões de cooperação técnica e integração agrícola regional foram discutidas. Perosa ressaltou o crescimento impressionante da produção agropecuária brasileira, marcado por tecnologia e inovação nos últimos 50 anos. Ele enfatizou o papel da Embrapa e os compromissos do Brasil com a segurança alimentar e a produção sustentável, especialmente por meio do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD).
O Painel “Semeando Prosperidade: Ações do Setor Agroindustrial para Enfrentar Desafios Climáticos e Capturar Oportunidades” destacou a integração da sustentabilidade nas políticas públicas do Mapa. Perosa mencionou o sucesso do Plano Safra e sua conexão com práticas agropecuárias sustentáveis, realçando os resultados positivos do Plano ABC+.
No Painel Diálogos de Produção Sustentável, Marcel Moreira, Diretor de Promoção Comercial e Investimentos do Mapa, falou sobre o sucesso do Brasil na produção de algodão, com mais de 80% da safra nacional de algodão certificada. Ele destacou as práticas regenerativas adotadas, que promovem o sequestro de carbono e a redução de gases de efeito estufa. A indústria de carne bovina também foi ressaltada, com ênfase na colaboração entre o Mapa e o setor privado para promover sustentabilidade e rastreabilidade na pecuária. Marcel reiterou o compromisso do governo brasileiro com a sustentabilidade no setor agropecuário, destacando a colaboração entre o governo e a iniciativa privada para avançar em sustentabilidade, rastreabilidade e transparência nas cadeias produtivas. Ele também ressaltou o Programa Nacional de Conversão de Pastagens de Pastagens Degradadas, com potencial de incorporação de 40 milhões de hectares em áreas de agricultura, apostando na intensificação sustentável dos sistemas produtivos.
