No cenário de um otimismo crescente, analistas financeiros elevaram, pelo oitavo mês consecutivo, as expectativas para o crescimento econômico do Brasil, refletindo uma confiança renovada na recuperação do país. Segundo o mais recente Boletim Focus divulgado pelo Banco Central, a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 aumentou para 1,9%, indicando uma tendência de fortalecimento da economia nacional.
Essa revisão na projeção, que passou de um crescimento estimado de 1,89% para 1,9% em apenas uma semana, acompanha um sentimento otimista que se estende também às previsões para os próximos três anos. O mercado financeiro projeta um crescimento anual estável de cerca de 2% para 2025, 2026 e 2027.
Estabilidade no câmbio e nas taxas de juros
Em paralelo às expectativas de crescimento, as projeções para os principais indicadores financeiros do país — câmbio e taxa básica de juros (Selic) — permanecem estáveis. A cotação do dólar é prevista a R$ 4,95 para o fechamento do ano, mantendo-se inalterada por três semanas consecutivas. Já a Selic tem sido consistentemente prevista em 9% ao ano por 15 semanas consecutivas. As projeções para 2025 também permanecem estáveis, com o dólar esperado a R$ 5 e a Selic a 8,5%, refletindo expectativas de continuidade na política monetária e na estabilidade econômica.
Inflação sob controle
Quanto às expectativas de inflação, houve um ajuste marginal nas projeções do mercado financeiro. Segundo o Boletim Focus, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024 foi ajustada para 3,76%, um aumento de 0,01 ponto percentual em relação à semana anterior. Esse ajuste modesto reflete uma vigilância cautelosa sobre as tendências inflacionárias, permanecendo, no entanto, dentro de um intervalo considerado controlável.
A consistência nas expectativas de crescimento, aliada à estabilidade nas projeções de câmbio, juros e inflação, desenha um quadro de confiança moderada do mercado financeiro na capacidade de recuperação e expansão sustentável da economia brasileira nos próximos anos.