O Brasil atravessa uma das piores crises ambientais de sua história recente, com queimadas atingindo níveis recordes em 2024. O presidente Lula (PT) admitiu que o governo “não estava 100% preparado” para lidar com a situação, em uma declaração que gerou forte repercussão negativa. Até o momento, mais de 159 mil focos de incêndio foram registrados, o que representa um aumento de 100% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os biomas mais atingidos incluem a Amazônia, Pantanal e o Cerrado, com a destruição de mais de 6,7 milhões de hectares.
Apesar da liberação de R$ 514 milhões para o combate aos incêndios, ambientalistas e especialistas apontam para a falta de prevenção como o principal fator que agravou a crise. Além disso, o atraso nas respostas e a ausência de uma estratégia clara para conter os incêndios estão colocando em xeque a credibilidade do Brasil no cenário ambiental global.
Críticas de especialistas internacionais
A situação das queimadas no Brasil já está repercutindo no cenário internacional. Carlos Nobre, climatologista renomado, afirmou que a atual temporada de incêndios é uma consequência direta das mudanças climáticas aceleradas e da falta de regulação eficaz no país. Nobre destacou que, ao contrário de outras nações, onde incêndios são parte natural do ecossistema, no Brasil, a maioria dos incêndios são causados por atividades humanas, como a agropecuária, que continua pressionando o desmatamento.
A World Resources Institute (WRI) alertou que os incêndios de 2024 são os piores em pelo menos uma década, com mais de 47 mil alertas de incêndio de alta confiança emitidos até setembro. Especialistas do Nature apontaram que a má gestão do governo Lula, aliada às mudanças climáticas, estão criando uma tempestade perfeita para o aumento das queimadas. Segundo eles, a inação do governo em fortalecer agências ambientais, como o IBAMA e o ICMBio, está agravando a crise.
Além disso, a decisão do governo Lula de expandir a exploração de petróleo na Amazônia e de pavimentar a BR-319, uma rodovia que atravessa áreas sensíveis da floresta, está sendo amplamente criticada por ambientalistas e especialistas. Eles alertam que essas medidas podem desencadear uma nova onda de desmatamento e agravar ainda mais as emissões de gases de efeito estufa(
Análise Crítica: Falhas e impacto global
A gestão de Lula nas queimadas e em outras questões ambientais tem sido fortemente criticada tanto dentro quanto fora do Brasil. Embora o governo tenha assumido compromissos importantes com a agenda ambiental, como a organização da COP 30 em Belém em 2025, as ações práticas do governo não estão à altura das expectativas. A incapacidade de lidar com as queimadas e as decisões controversas, como a exploração de petróleo, contradizem o discurso ambiental de Lula e colocam em risco a imagem do Brasil como líder global na luta contra as mudanças climáticas.
O Brasil, que abriga a maior parte da Amazônia, uma floresta essencial para a regulação do clima global, está sob os olhos do mundo. A comunidade internacional continua a pressionar o país por ações mais contundentes para conter as queimadas e proteger seus biomas. Contudo, sem uma estratégia clara e uma resposta rápida, o impacto dessas queimadas pode ser devastador não apenas para o Brasil, mas para o mundo.